¡BASTA LA GUERRA CONTRA EL PUEBLO DE MÉXICO Y EL MUNDO!

(ESP)

El 12 de octubre nos sumamos a la campaña internacional convocada por el Congreso Nacional Indígena (CNI) contra los cientos de años de masacre, pero también de resistencia de los pueblos originarios de Abya Yala y de todo el mundo.

El vídeo incluye un extracto “Movimientos culturales: la venganza de la tradición contra el Estado-nación” del libro “Sociología de la libertad” de Abdullah Ocalan, que también pondremos a disposición aquí.

Movimientos culturales: la venganza de la tradición contra el Estado-nación

En todo el período de la civilización nunca han faltado movimientos culturales. La razón por la que se mencionan con frecuencia durante el período postmoderno está relacionada con la disolución de las fronteras entre los Estados-nación. Por ello, sería apropiado llamar a estos movimientos: “rebeliones de tradiciones culturales”. Durante el proceso en el que el Estado-nación -que es una nación basada en una etnia, religión, denominación o característica del grupo dominante- intentó homogeneizar la sociedad, muchas tradiciones y culturas fueron eliminadas mediante genocidio o asimilación. Todas las entidades históricas, culturas y tradiciones fueron sacrificadas a un nacionalismo que no tenía significado para las sociedades originales, basado en “una lengua, una bandera, una nación, una patria, un estado, un himno y una cultura”, sirviendo para ocultar la concentración de los monopolios comerciales, industriales, financieros y de poder de la modernidad en los Estados-nación. Este proceso continuó durante doscientos años a toda velocidad y fue quizás el período de guerra más largo y violento de la historia. Causó la destrucción masiva de culturas y tradiciones que existían miles de años atrás. Los monopolios altamente organizados, impulsados ​​por la avidez de ganancias, no sintieron dolor por la pérdida de tradiciones y culturas originales.

Cuando algunos movimientos antisistema rompieron la “prisión de hierro” de la modernidad, estas culturas y tradiciones, que estaban al borde de la extinción y en su mayor parte confinadas a una existencia marginal, comenzaron a florecer y multiplicarse nuevamente, como flores que renacen después de una lluvia en un árido desierto. Incluso las corrientes y etapas de los movimientos de liberación nacional que resistieron al colonialismo también sufrieron el impacto de la modernidad capitalista. En cualquier caso, las tradiciones y las culturas son resistencias en sí mismas. Serán destruidos o sobrevivirán, ya que su carácter es tal que hace imposible habitar junto al colonialismo capitalista. El fascismo del Estado-nación no tuvo en cuenta esta realidad. Suprimirlos, incluso asimilarlos, no significa necesariamente que dejasen de existir; la resiliencia de las culturas recuerda a las flores que vuelven a brotar o a las rocas que perforan demostrando su existencia, evidenciando así el hecho de que continúan llegando a la luz del día, perforando y rompiendo el hormigón de la modernidad derramado sobre ellas.

– Abdullah Ocalan


(PT)

Nesse 12 de Outubro nos juntamos a campanha internacional chamada pelo Congresso Nacional Indigena (CNI) contra os centanas de anos de massacre, mas também de resistência dos povos originários da Abya Yala e de todo o mundo.

O vídeo conta com trecho “Movimentos Culturais: A Vingança da Tradição sobre o Estado-Nação” do livro “Sociology of Freedom” de Abdullah Ocalan que também disponibilizaremos aqui.

Movimentos Culturais: A Vingança da Tradição sobre o Estado-Nação

Em todo o período da civilização, nunca houve falta de movimentos culturais. A razão pela qual eles são mencionados com frequência durante o período pós-moderno está relacionada à dissolução das fronteiras dos estados-nação. Também seria apropriado chamar esses movimentos culturais de rebeliões das tradições culturais. Durante o processo em que o Estado-nação, sendo essa a nação baseada em uma etnia, religião, denominação ou alguma característica do grupo dominante – tentou homogeneizar a sociedade, muitas tradições e culturas foram eliminadas por genocídio ou assimilação. Todas as entidades históricas, culturas e tradições foram sacrificadas a um nacionalismo sem significado para as sociedades originárias, com base em “um idioma, uma bandeira, uma nação, uma pátria, um estado, um hino e uma cultura”, servindo para ocultar a concentração dos monopólios comerciais, industriais, financeiros e de poder da modernidade nos estados-nações. Esse processo continuou por duzentos anos com toda a velocidade e talvez tenha sido o período de guerra mais longo e violento da história. Ele causou a destruição em massa de culturas e tradições que existiam a milhares de anos. Os monopólios altamente organizados, movidos pela ganância do lucro, não sentiram nenhuma dor com a perda das tradições e culturas originárias.

Quando alguns movimentos anti-sistemicos romperam com a “prisão de ferro” da modernidade, essas culturas e tradições, que estavam à beira da extinção e, em sua maioria, confinadas a uma existência marginal, começaram a florescer e a se multiplicar novamente, como flores desabrochando após a chuva no deserto. Mesmo as correntes e etapas dos movimentos de libertação nacional que resistiram ao colonialismo capitalista, também sofreram o impacto da modernididade capitalista. De qualquer forma, as tradições e culturas são resistências em si mesmas. Elas serão destruídas ou sobreviverão, porque seu caráter é tal que não podem viver junto ao colonialismo capitalista. O fascismo dos estados-nação não levou em conta essa realidade. Suprimi-las, até mesmo assimilá-las, não significa necessariamente que deixarão de existir. A resistência das culturas é uma reminiscência das flores que desabrocham, perfurando rochas para provar sua existência, e isso é evidenciado pelo fato de que elas continuam a alcançar a luz do dia, rompendo o concreto da modernidade que foi derramado sobre elas.

– Abdullah Ocalan


(ENG)

On October 12th, we joined the international campaign called by the National Indigenous Congress (CNI) against the hundreds of years of massacre, but also of resistance by the original peoples of Abya Yala and around the world.

The video includes an excerpt “Cultural Movements: The Revenge of Tradition on the Nation-State” from the book “Sociology of Freedom” by Abdullah Ocalan, which we will also make available here.

Cultural Movements: Tradition’s Revenge on the Nation-State

Throughout the entire period of civilization, there has never been a lack of cultural movements. The reason they are often mentioned during the post-modern period is related to the dissolution of nation-state borders. It would also be appropriate to call these cultural movements the rebellion of tradition. During the process in which the nation-state—the nation based on a dominant ethnicity, religion, denomination, or some other group phenomenon—tried to homogenize the society, many traditions and cultures were eliminated by genocide or assimilation. All historical entities, cultures, and traditions were sacrificed to a meaningless nationalism in the context of historical-society, based on “one language, one flag, one nation, one fatherland, one state, one anthem, and one culture,” ultimately serving to conceal the concentration of modernity’s commercial, industrial, financial, and power monopolies as nation-states. This process continued for hundreds of years at full speed and was perhaps the longest and most violent period of warfare in history. It caused the massive destruction of cultures and traditions that were thousands of years old. The highly organized monopolies driven by the greed for profit did not feel any pain at the loss of any sacred tradition or culture.

When some unsystematic movements, broke out of modernity’s “iron cage,” these cultures and traditions, which were at the brink of extinction and mostly confined to a marginal existence, began to flourish and multiply once more, like flowers blossoming after rain in the desert. All the currents and stages of all national liberation movements that resisted capitalist colonialism, which had not yet become a nation-state, also had an impact. In any case, traditions and cultures are resistance in and of themselves. They will either be destroyed or will survive, because their character is such that they do not know how to capitulate. Nation-state fascism failed to take this reality into account. Suppressing them, even assimilating them, does not necessarily mean that they will cease to exist. The resistance of cultures is reminiscent of the flowers that blossom, piercing rocks to prove their existence, and this is evidenced by the fact that they continue to reach daylight by smashing through the concrete of modernity poured over them.

– Abdullah Ocalan

Internationalist Commune of Rojava,
12.10.2023

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